Este é um dos projetos do Filosofança para 2010. Seis integrantes do projeto farão performances de 10 minutos a partir da busca da sua autonomia de movimento. Será que isso é possível? Será que conseguimos nos mover de uma forma única, individual, totalmente peculiar? Essa será a busca dos intérpretes, que terão total liberdade para escolher as técnicas ou linguagens da Arte com quais irão trabalhar, mas seguirão um mesmo método: o Filosofança, que se constrói simultaneamente com a construção de todos os trabalhos do Projeto Filosofança.
Renato Cohen (1989), em seu livro Performance como linguagem, define a performance como uma expressão cênica, que acontece no aqui-agora, sendo uma arte de fronteira, híbrida, contendo características das artes cênicas e das artes plásticas. Ela não foca na representação e, por isso, tem uma aproximação com a vida, estimulando o espontâneo, o natural, em detrimento do elaborado, ensaiado. O artista nesse contexto passa a ser sujeito e objeto da sua obra, resgatando o ritualístico, o dionisíaco, utilizando elementos diversos. É uma linguagem de experimentação, que não se compromete com ideologias ou com a mídia, mas busca libertar os homens das amarras sociais, colocando a arte em lugares diferentes daqueles socialmente estabelecidos para isso. Por isso, é uma arte de intervenção, que busca modificar algo e transformar o expectador.
Autonomia deve ser entendida conforme a sua origem etimológica grega: auto, próprio; nomos, lei, norma. Ou seja, é a capacidade humana de legislar sobre a própria vida, de fazer as suas escolhas sem o domínio, imposição ou desejo de outrem. Como diz o filósofo alemão Immanuel Kant (1704-1784), é quando saímos da menoridade e atingimos a maioridade, o Esclarecimento, e isso não se refere à idade de vida da pessoa, mas a sua capacidade de traçar o rumo da sua vida e assumir as conseqüências dos seus atos, que foram ponderados e refletidos antes de se concretizar. No Filosofança, autonomia é dividida em intelectual, corporal e moral, mas este é um elemento meramente didático, que facilita a compreensão e os debates, para que seja possível vislumbrar o que é essa integralidade de um ser autônomo.
Curso com Panmela Tadeu em Brasília- professora de dança do Uai Q Dança de Uberlândia-MG (2008)
Quando a gente vai pra parte prática?
ResponderExcluirrsrsrsrs
Quando vamos pra prática?
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