sexta-feira, 29 de outubro de 2010

PROPAGANDA!!!

Parece que o MUNDO INTEIRO está a venda!
Há propaganda em todos os lugares, a todo tempo...
Cansaço mental  dos consumidores exaustos com tanta oferta.
De repente, todos ficaram estressados e começaram a recusar até mercadorias gratuitas.
Problema de saúde pública! Os hospitam começam a lotar.
Eis que o Capitalismo finalmente está sob ameaça...

Infelizmente a ameaça era temporária, apenas um blefe... 
Ele consegue se levantar após os grandes golpes, enxuga o suor e estanca o sangue, é alimentado e incentivado por seus companheiros de luta; recupera suas forças com o apoio daqueles que ainda lucram com suas indústrias, que investem no consumo e na criação de inesgotávies novas necessidades para as pessoas (enquanto Ele esteve abalado muitos produtos geraram euforia e um desejo incontrolável em quem precisa-PRECISA possui-los) e daqueles que, por não questionarem como podem se realizar sendo o que são, desejam ter tudo aquilo que os ditos "bem sucedidos" do Capitalismo conquistaram.

Invejoso
(Composição: Arnaldo Antunes e Liminha)

O carro do vizinho é muito mais possante
E aquela mulher dele é tão interessante
Por isso ele parece muito mais potente
Sua casa foi pintada recentemente

E quando encontra o seu colega de trabalho
Só pensa em quanto deve ser o seu salário
Queria ter a secretária do patrão
Mas sua conta bancária já chegou no chão

Na hora do almoço vai pra lanchonete
Tomar seu copo d'água e comer um croquete
Enquanto imagina aquele restaurante
Aonde os outros devem estar nesse instante

Invejoso
Querer o que é dos outros é o seu gozo
E fica remoendo até o osso
Mas sua fruta só lhe dá caroço

Invejoso
O bem alheio é o seu desgosto
Queria um palácio suntuoso
mas acabou no fundo desse poço

Depois você caminha até a academia
Sem automóvel e também sem companhia
Queria ter o corpo um pouco mais sarado
Como aquele rapaz que malha do seu lado

E se envergonha de sua própria namorada
Achando que os amigos vão fazer piada
Queria uma mulher daquelas de revista
Uma aeromoça, uma recepcionista

E quando chega em casa liga a tevê
Vê tanta gente mais feliz do que você
Apaga a luz na cama e antes de dormir
Fica pensando o que fazer pra conseguir

Invejoso
Querer o que é dos outros é o seu gozo
E fica remoendo até o osso
Mas sua fruta só lhe dá caroço

Invejoso
O bem alheio é o seu desgosto
Queria um palácio suntuoso
mas acabou no fundo desse poço

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

COLETIVO FILOSOFANÇA

Mais uma indagação para o COLETIVO FILOSOFANÇA...

Em Brasília, temos acesso a várias apresentações artísticas gratuitas. Há um público cativo(muitas vezes formado também por artistas) que vai a quase todos os eventos, mas, talvez por estar assistindo a muita coisa ou por não ver originalidade nos espetáculos, demonstra uma reação semelhante a quase tudo que assiste: nada o toca ou o comove. Ouvimos muito esse discurso: o espetáculo foi legal, mas não me tocou! Por que será que as pessoas não estão sendo tocadas? O que precisa ser feito para tocar as pessoas, nesse mundo onde a violência foi banalizada? Será que a insensibilidade já dominou as pessoas? Ou isso ocorre pela falta de originalidade dos espetáculos? Mas temos que ser originais sempre? Não há outra forma de tocar, como, por exemplo, pela verdade do intérprete? 

Então vai a questão: O QUE TE TOCA?