Nossa natureza interior é indestrutível, porque somos apenas uma manifestação da força da vida, a vontade, a coisa em si que continua existindo eternamente.
Trabalho, preocupação, cansaço, problemas é o que enfrentamos quase a vida inteira. Mas se todos os desejos fossem satisfeitos de imediato, com que as pessoas se ocupariam e como passariam o tempo? Suponhamos que a raça humana fosse transferida para a Utopia, lugar onde tudo cresce sem precisar ser plantado e os pombos voam assados ao ponto, onde todo homem encontra sua amada na hora e não tem dificuldades com ela: as pessoas então morreriam de tédio, se enforcariam, se estrangulariam ou se matariam, e assim sofreriam mais do que já sofrem por natureza (Schopenhauer, citado por Yalom, 2006, p. 224).
DESAFIO DO COTIDIANO: como ser ético no mundo arbitrário em que vivemos? Estamos dispostos a renunciar a conveniência social em nome da ética para o bem coletivo?
O QUE FAZER?
Se houvesse apenas um ser humano no universo, o sentido de tempo seria bastante simples. Mas acrescente apenas mais um e, bem, você conhece a história. Cada escolha cria ondulações ao longo do tempo e dos relacionamentos, ricocheteando em outras escolhas (YOUNG, 2008, p.163).
Os paradigmas dão força às percepções e as percepções dão força às emoções. A maioria das emoções são reações àquilo que você percebe: o que acha verdadeiro numa determinada situação. Se sua percepção for falsa, sua reação emocional a ela também será falsa. Então verifique suas percepções e além disso verifique a verdade de seus paradigmas, dos seus padrões, daquilo em que você acredita. Só porque você acredita firmemente numa coisa não significa que ela seja verdadeira. Quanto mais você viver na verdade, mais suas emoções irão ajudá-lo a ver com clareza (YOUNG, 2008, p.183 e 184).